Paradigmas
do jornalismo II
Celulose é a matéria prima
para a fabricação de papel. E a celulose é retirada de alguns tipos arvores que
são plantadas e cultivadas, consideradas ideais para fabricar papel. As toras
de arvores depois de roladas, dilaceradas e modificadas, com água e alguns
aditivos, são transformadas em extensas folhas de papel, em produção continua. Folhas
tão extensas, que precisam ser enroladas, formando uma bobina, o seu processo
de embalagem, o enrolar como movimento rotativo iniciado pelas toras das arvores.
Enormes bobinas de papel são formadas com as extensas folhas em uma fabricação
continua, durante o trabalho de processamento das fibras das arvores tornadas
celulose, e depois papel, sempre em movimento continuo.
E estes papéis em folhas
extensas então são enrolados, embalados, medidos, pesados e identificados. Prontos
para deixarem a fabrica, seguem então seus destinos para armazéns de estoques
ou viagens. Rolando ou carregados por empilhadeiras, fazem embarques ou
desembarques em transportes multimodais: marítimos, ferroviários ou rodoviários,
estão sempre em movimento. A forma de embalagem ainda permite um rolar pelo
chão, no piso dos armazéns.
Os rolos de papel jornal, com
viagem marcada para destinos mais distantes, vão em movimento sobre carretas
para um porto aguardar seus embarques em navios. Não podem esperar muito tempo
expostos ao tempo, as intempéries que podem danificar a sua composição. Os
papeis são extremamente sensíveis ás chuvas e correm riscos de modificar sua
composição e resistência, com a presença da umidade. Uma carga cara e preciosa,
que requer cuidados. Precisam ter uma resistência calculada para suportar
maquinas velozes de impressão continua, maquinas rotativas que dão velocidade
ao papel e a informação que vai circular impressa neles.
Não podem aguardar muito
tempo à espera de um navio, possuem prioridade de embarque e desembarque,
devido a sua sensibilidade e responsabilidade em levar noticias. Possuem
incentivos fiscais para entrar em um país, e participar do sistema de
informações. Seus embarques são programados de modo a ficar pouquíssimo tempo
esperando expostos ao tempo. Embarcam em grandes navios com destinos a outras
cidades e continentes. Enquanto uns volumes podem embarcar direto em porões,
outros fazem uma viagem em containers. Tudo depende dos critérios e acordos
entre: vendedores, compradores e transportadores, importadores e exportadores,
despachantes e recebedores.
Chegando ao porto de
destino, guindastes entram em movimento para retirar a carga do navio; guindastes
do porto, ou guindaste do próprio navio. Alguns navios possuem um sistema
denominado de ponte, com maior capacidade de movimentação da carga, no embarque
ou desembarque ou mesmo dentro do próprio navio. Em navios maiores, com um
modelo próprio de porão, uma quantidade maior de porões, e maior capacidade de
carga, e amplo espaço no convés. Um
navio diferenciado, com sistemas especiais de acomodação de carga especiais.
Carretas e caminhões com
carrocerias abertas em prancha já aguardam junto ao navio, o inicio da descarga.
Costumam chegar ao cais, antes do navio atracar. A prioridade do tempo é do
navio e da carga. Um navio não espera, tem um cronograma a seguir, o mesmo deadline
das noticias. Um navio tem materiais e mercadorias para descarregar e entregar
aos seus clientes; e os jornalistas têm matérias e anúncios de mercadorias para
entregar ao editor.
A prioridade do papel permite
uma autorização, uma descarga direta, do navio aos armazéns de fornecedores, ou
para os armazéns dos grandes jornais, os grandes consumidores de papel imprensa.
E novos destinos são dados à carga de papel que desembarca. Vão para armazéns e gráficas. O papel jornal
não para de rodar, esta sempre em movimento, tal como as noticia a serem
divulgadas no papel como suporte de mídia para informação.
Bobinas de papel produzidas
em países frios embarcam em navios com porões frios, no momento do carregamento.
Grandes carregamentos de papel jornal embarcam no Canadá. E os porões depois de
fechados formam um isolante térmico com o meio exterior. Quando as bobinas ou
rolos de papel desembarcam em portos de países mais quentes, surge ou não, o
fenômeno denominado de condensação, quando gotículas de água aparecem sobre a
embalagem, a embalagem parece “suar”, fato comum em descargas no Rio de Janeiro.
Tudo depende de uma gradiente de temperatura, do embarque e do desembarque. A
condensação é um risco a ser avaliado, com a possibilidade de ultrapassar a
embalagem ou não. Mas a descarga não pode parar. Para apenas em situações de
ameaças de chuvas, é melhor não correr o risco, tanto no porto quanto sobre
carretas e caminhões, ainda que em pequenos espaços para movimentação da carga
perecível.
O papel é um produto
sensível á água, que reduz seu tempo de vida. Uma molhadura ou um tombo atingindo
seu conteúdo pode mudar os rumos determinados a uma bobina de papel. E o jornal
impresso tem uma pequena validade, mesmo sem chuvas, sua validade é de no
máximo um dia, já que depois, ao final do dia, outras e novas noticias já estarão
prontas para serem impressas e publicadas, substituindo e alterando,
modificando as anteriores.
RN 14/05/15
Roberto Cardoso
Dsenvolvedor de
Komunicologia
Jornalista Cientifico –
UFRN-FAPERN-CNPq
Membro do IHGRN - Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
Membro do INRG – Instituto
Norte-rio-grandense de Genealogia
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