Imagem: http://blogdobg.com.br/carlos-eduardo-debocha-de-quem-ta-liso-e-sugere-role-na-cidade-para-ver-as-luzes-de-natal/
Liso,leso e louco
Mas, e as rubricas?
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Na tal cidade onde não existe saneamento, onde não há um rede de esgoto permeando toda a cidade, aconteceu um vazamento, além dos contínuos rompimentos de tubos de abastecimento. Vazaram o número um e o número dois, o vídeo e o áudio, por uma rede social. E foram letras e palavras soltas para todos os lados.
O prefeito e seus perdigotos foram viralizados, mas limitados pela lente. Estão agora em redes sociais, nacionais e internacionais. Lançou suas bactérias no ar, com uma sugestão aos que denominou de liso, sem dinheiro para ir a bares e restaurantes. Talvez seus funcionários que ainda não receberam. Disse que poderiam dar uma volta pela cidade, observar a iluminação pública e arranjar uma paquera. Mas como entendemos que uma iluminação pública não é tão boa, e não evolui do dia para noite, é possível entender pelas suas palavras que a paquera termine em uma rua escura. Não adianta ter os principais pontos iluminados e voltar para casa por caminhos escuros. O prefeito fala de uma verba que tem rubrica, e só pode ser usada em iluminação pública.
Mas a cidade que também está lisa e lesa, foi pedir dinheiro em Brasília para as festas de Natal em Natal. E como sempre a cidade deverá ser iluminada, a única coisa que a prefeitura faz no fim de ano. Criar uma cidade mais iluminada para o prefeito se sentir em Paris. Além do Natal em Natal, a cidade ainda conta com o Carnatal, fazendo zoeira pela cidade, do jeito que o prefeito gosta. Bem que o prefeito poderia criar um corso carnavalesco, já que adora desfilar de carro e atrapalhando o trânsito. E a festa da FLINstones, uma festa da idade da pedra. Com tijolos de argila e alfarrábios, junto com os convidados particulares do prefeito, para enfeitar sua biblioteca.
O Natal se aproxima, e a cidade deve ficar enfeitada, mas não iluminada. O prefeito e o secretário de cultura foram até Brasília conseguir um troco. E agora qual é a rubrica? Iluminação pública, decoração natalina, ou artificialização da cidade, mostrando uma cidade que não existe nos outros dias do ano.
Ainda falta muito para a cidade livrar-se do coliformes. Os anúncios falam em uma cidade que será 100% saneada, com o argumento principal de ser a primeira do Brasil. Não devem ter consultado o mapa do Brasil e das cidades. Mas como sanear uma cidade idosa, que já passou do quarto centenário e nunca foi planejada, Está cercada por alguns municípios e pelo mar, sem área rural, ou industrial, apenas urbana. Com casas que possuem uma garagem na frente, um carro na porta e uma fossa nos fundos. Novos apartamentos do programa Minha Casa, deixaram os carros nas ruas, foram construídos imaginando uma faixa de renda, com necessidade de moradia mas sem automóvel. Transporte público é obrigação da cidade.
Ao invés de tentar conter as ondas e as marés que estão destruindo a praia de Ponta Negra, fazendo uma contenção sem cálculos e sem planejamento, com pedras que chegam de lugares distantes. Um dique com cais para barcos ou navios e um emissário submarino, seriam mais eficientes. Mas são coisas para daqui a dez anos, que o prefeito diz que acontecera a Natal que os natalenses desejam.
Em 28/10/2016
Roberto Cardoso (Maracajá)
Escritor - Cronista
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