quarta-feira, 27 de abril de 2016

EaD – Resumen


EaD – Resumen

 PDF 628



A modalidade de ensino a distância (EaD), tem como argumento principal, o aumento de uma demanda de alunos, que os equipamentos físicos, prédios com salas e professores, não conseguiriam suportar. Não haveria espaço e condições de recebe-los, nos modelos de educação presencial. A modalidade solucionadora do momento (EaD), pela falta de vagas oferecidas nas faculdades. Baseia-se num discurso da pátria educadora. E reforça a sua estratégia declarada, com o aumento da oferta de vagas nas instituições de ensino superior. Estendendo-se ao nível médio com formação de novos técnicos, com novos cursos profissionalizantes.

Aumento nas vagas de graduação, e criação de vagas na pós-graduação. O uso da mais valia sobre o trabalho de professores e de orientadores. A possibilidade da flexibilidade de horário, se confunde com as grades de horários, na jornada semanal. Pela tela do computador, o trabalho fora da classe.

Mas por outro lado, com o aumento de alunos, inflaciona o mercado de formandos na graduação, tornando necessário uma pós-graduação, para destacar-se entre os formados. A pós-graduação, que era vista como um aumento de conhecimento dado aos pós-graduandos, oferecendo os títulos de especialistas, mestres e doutores, termina por ser uma complementação dos cursos de bacharelados e licenciaturas. O que se torna uma facilidade no ingresso, torna-se uma dificuldade no desenvolvimento. A busca de um orientador que se disponha a prosseguir suas ideias. E o orientador em busca de um orientando, para continuar suas pesquisas e seus projetos. O aluno orientando como ferramenta de pesquisa.

Com cursos de nível tecnológico, cursos superiores de menor duração, o foco e o destaque, é o convencimento de que os alunos formados estarão aptos a prestar concursos públicos, onde o terceiro grau é uma exigência. Poderão assim concorrer a vagas de cadastro de reserva, com direito a postergações de validades progressivas.

E a EaD é declaradamente uma estratégia de educação continuada, uma educação permanente. Formando, especializando e capacitando, formados e não formados, profissionais e não profissionais. A estratégia de um grupo dominante mantido a distância de professores e alunos. A estratégia de um pequeno grupo dominar um grande grupo, na condição de alunos. Graduados se tornam alunos, por um modelo de dominação autorizada e consentida. Alunos que dão poderes a professores e orientadores, de julgar seus trabalhos e suas pesquisas.

Ao mesmo tempo que graduados ingressam em um curso de pós-graduação, aumentam as possibilidades e aumentam as exigências. A obrigatoriedade de produzir um conhecimento, encontra barreiras, de divulgar conhecimentos criados e adquiridos. E vem a necessidade de estar em sala de aula. Ter um grupo a sua frente, onde possa passar seus conhecimentos.

A hierarquia dentro da escola, onde o aluno ingressa como aluno e será sempre um aluno, nunca estará formado, com uma formação plena, dentro dos muros da universidade. Tal como o soldado que ingressa nas forças armadas, ainda que tendo planos de ascensão e de carreira será sempre um subalterno, perante os oficiais, classificados também, como oficiais subalternos e oficiais superiores, dentro dos muros dos quarteis. Oficiais que se destacam e se separam por dourados e platinas sobre os ombros, enquanto praças levam suas divisas nos braços. Alunos e professores, mestres e doutores, tem seus títulos e diplomas enrolados em canudos. Quanto mais raros são mais valiosos.

Karl Marx (1818-1883), produziu um conhecimento, sem fazer parte da tão afamada academia. Não fez carreira acadêmica. Mas teve como amigo Friedrich Engels (1820-1895), e como parceira conjugal Jenny von Whestphalen (1814-1881), que frequentou a academia. Marx aprendeu com Engels e Jenny, pensar como pensa a academia. Observou normas, regras e comportamentos. E escreveu seus pensamentos e suas teses, tal como se escreve na academia, a linguagem reconhecida por mestres e doutores. Uma modalidade de escrita, o conhecimento cientifico, que não é mais que um estilo literário. A análise do passado, buscando formulas de repetição de fatos e fenômenos. Dos dados catalogados tentam prever o futuro. Ainda que o presente seja sempre modificador, determinando mudanças no futuro projetado.

RN, 25/04/16

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Branded Content (produtor de conteúdo)
Maracajá

EaD – Resumen

PDF 628

 Texto disponível em:
Textos correlatos:
EaD - Abstract
O escritor senhor de seus engenhos
O velho truque da dominação simbólica



RN, 25/04/16
por
Roberto Cardoso (Maracajá)



quarta-feira, 6 de abril de 2016

Torpedo SMS


Torpedo SMS

Torpedo na SMS

Torpedo no SMS

 PDF 616

Seria cômico se não fosse trágico, o fato acontecido com o secretário municipal de saúde (SMS), enquanto trabalhava na secretaria municipal de saúde (SMS), na Semana Mundial de Saúde (SMS). O secretario, seus amigos, seus funcionários e seus familiares passaram por um SUSto. Com certeza todos passaram por um episódio de hipertensão.
O secretário municipal de saúde, passou mal enquanto despachava em seu gabinete na secretaria municipal de saúde. E foi socorrido às pressas, sendo levado para um hospital particular. Evitaram o público, só depois de internado e diagnosticado, é que se espalhou a notícia, e tornou-se pública. Constam informações que já participou da direção do referido hospital particular. Lá ele deve ter apartamento reservado, no estilo VIP, (Very Important Personal ou Vítima da Incompetência Publica). Diante de um mal súbito, seus amigos que o socorreram, tomaram as providencias de escolher e transportá-lo para um hospital escolhido, um hospital conhecido. Caso fosse removido pelo SAMU, iria terminar em um hospital público.
Como secretário de saúde de um município, entende-se que deveria ser encaminhado ao sistema de saúde que domina e que administra. Mas durante o episódio pode ter perdido a noção do momento e do tempo, perdeu sentidos e a direção. Pode ter perdido a fala e os movimentos. E caso afirma-se que desejaria ser socorrido no hospital municipal, com certeza os que estavam em sua volta, julgariam ser um delírio. Mas se chegou a um hospital particular, seu meio de transporte foi particular também, com um destino calculado e planejado. Podem ter escolhido até as ruas, evitando congestionamentos, já bastavam os de suas artérias. A cidade é um corpo vivo com veias e artérias na malha urbana. Algum especialista já deveria ter avaliado, que o secretario poderia ter um trombo na contramão.
Não há dúvida que o atendimento emergencial é excelente em hospitais públicos, Ali os profissionais lidam com uma diversidade de sinistros, urgências e emergências, e precisam tomar decisões rápidas. Um nome, um plantão ou uma vida estão em jogo ou em perigo. Faltando medicação ou equipamento, precisam de imaginação, como um ambulatório de campanha no palco de guerra. Fato que não acontece no hospital particular, onde só entra quem planos antecipados; de saúde, ou de pagar. Mas quis o secretario usar de suas prerrogativas, usar o local particular, onde não faltariam médicos e equipamentos. Pela vida de um secretário de saúde, alguém vai pagar o espaço VIP.
Dizem que ele já participou do serviço se atendimento móvel de urgência (SAMU). Como foi estricado e transladado não se sabe, com certeza foi removido em um carro particular, ou até mesmo um carro da secretaria. Existem muitos no pátio de estacionamento da secretaria de saúde, que mais parecer ser a secretaria de transportes. Mas é de conhecimento público que o hospital municipal da cidade, fica a algumas dezenas de metros da secretaria municipal de saúde. Um hospital recentemente inaugurado. Ainda que sua inauguração esteja em observação, por falta de alguns equipamentos e outros procedimentos.
Dependendo do itinerário do deslocamento, se aconteceu pelas ruas onde circulam a maioria das pessoas e a maioria dos ônibus da cidade. Antes de chegar no hospital de destino, o regate particular passou em frente de três hospitais públicos, entre o municipal outros dois estaduais. Um dos hospitais estaduais, também funciona o principal pronto socorro, o hospital estadual equipado para atendimento de emergência, o local para onde se dirigem as ambulâncias do SAMU, depois de recolher seus pacientes, nos arrabaldes da cidade. Quem o transportava (secretario), pensou em evitar o SUSto.
E agora surgem algumas elucubrações sobre o acontecido. Como secretário municipal de saúde, deveria ter sido socorrido no hospital municipal, onde dizem ser um dos melhores equipados da cidade. Embora venha sendo constantemente, inaugurado e reinaugurado, por fata disso ou daquilo, e ainda não sabemos se tem ISO. Foi diagnosticado com uma Síndrome Coronariana Aguda (SCA). O resultado de SCA é por: Sedentarismo, Correrias e Alimentação. E ficou internado com SCA: Soro, Cateterismo e Angioplastia.
O secretário foi removido para um hospital, já que não era possível ser atendido na secretaria, onde ocupava a pasta municipal da saúde. As pessoas comuns não têm o poder da avaliação ou da prescrição. Com a evolução da tecnologia só um médico em um hospital pode afirmar uma patologia e uma expectativa de vida; prescrever exames e medicação. Mas o fato deixa uma lição. As falhas em uma secretaria de saúde (SMS), vão além de seus secretários e seus gabinetes. Afetam e afloram na cidade e na sociedade, provocando síndromes, como a SMS (Síndrome de Smith-Mageni), afetando o seu desenvolvimento. A evidencia de um déficit.
Um torpedo atingiu a/o SMS, secretaria municipal de saúde com o secretário municipal de saúde. Resta agora o secretario e o prefeito entenderem a mensagem, que chegou via torpedo ou SMS. Torpedos chegam todos os dias aos munícipes.

Texto publicado em: